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O caminho do empreededorismo

Criar e gerenciar seu próprio negócio e, consequentemente, sua força de trabalho, pode não ser a garantia de um futuro profissional livre de percalços

O mercado de trabalho está mudando e os jovens precisam saber como construir carreira em território instável. Não é de hoje que o emprego com carteira assinada e todos os benefícios garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) vem perdendo espaço para novas modalidades de contratação.

Criar e gerenciar seu próprio negócio e, consequentemente, sua força de trabalho, pode não ser a garantia de um futuro profissional livre de percalços, mas, com certeza, fará a diferença na falta de uma ocupação.

Esse assunto me motivou até a escrever o livro Formando empreendedores, um guia para o estudante que sonha com negócio próprio ou com sucesso na carreira profissional, lançado e distribuído gratuitamente aos estudantes há quase quatro anos.

A obra traz depoimentos de diversos especialistas, que abordam a realidade do mercado; a relação entre o empreendedorismo dos cidadãos e o desenvolvimento do Brasil; a formação e o perfil do empreendedor; conselhos sobre como vencer os entraves que sempre aparecem em projetos; sistemas de proteção, como incubadoras de empresas; a importância e o valor da marca, entre outras dicas.

O grande exemplo de empreendedorismo brasileiro é Ozires Silva, ex-presidente da Embraer e da Petrobras, que não contente em ter realizado um sonho pessoal, que era integrar a Força Aérea Brasileira, entendeu que o País deveria ter uma fábrica de aviões e mobilizou-se para estimular pessoas a aderir a esse ideal e auxiliá-lo. Com isso, fundou a Embraer que, em 1970, iniciou a produção brasileira de aviões.

O empreendedorismo também pode ser praticado em menor escala pelo jovem no seu dia a dia. Trata-se do intraempreendedorismo, que é a aplicação das ideias de inovação dentro da própria empresa em que atua como estagiário, aprendiz ou mesmo empregado. Essa habilidade também pode se manifestar como a tão valorizada iniciativa ou proatividade.

Ou seja, o jovem que não tem experiência para criar projetos ou descobrir novas áreas de atuação também não pode ficar em seu canto, esperando que alguém lhe passe alguma atividade. Ele precisa mostrar-se interessado, propor soluções, tirar dúvidas e absorver o máximo de informação sobre sua área de atuação. Um futuro profissional preparado para atuar com autonomia dentro e fora de uma empresa terá sempre uma ocupação garantida.