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voltarBanco Central deve manter juros inalterados em 10,75% ao ano hoje
Analistas do mercado preveem inflação menor em 2010, de 5,07%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide hoje a nova taxa básica de juros da economia e, na previsão de analistas do mercado, é certo que o BC vai colocar um ponto final no ciclo de aperto monetário, iniciado em abril. Segundo a pesquisa semanal Focus, do BC, os analistas projetam que o Copom vai manter inalterada, em 10,75% ao ano, a taxa básica Selic.
Essa será a última reunião do Copom antes das eleições, dia 3 de outubro. Até duas semanas atrás, muitos especialistas ainda acreditavam em mais uma alta na taxa básica, de 0,25 ponto percentual, mas mudaram de opinião depois dos sinais enviados pela própria autoridade monetária de que a pressão sobre a inflação é atualmente bem menor.
Uma das principais causas dessa avaliação do BC é o cenário externo, com a recuperação mais fraca da atividade mundial. Com menos demanda de outros países, sobretudo europeus e os Estados Unidos, a pressão sobre os preços de commodities tende a recuar, ajudando no controle dos preços dentro do Brasil. Por isso, mostrou o Focus, o mercado reduziu sua estimativa para a inflação pelo IPCA neste ano, de 5,10% para 5,07%.
Mas, também pela segunda semana seguida, o BC elevou a projeção para o IPCA de 2011, de 4,86% para 4,87% - para alguns analistas, reflexo da política monetária menos agressiva.
Para os próximos 12 meses, o mercado já espera um IPCA a 4,99%. O centro da meta do governo é de 4,5%.
Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, o Copom deveria elevar a Selic amanhã em mais meio ponto, repetindo o movimento do encontro anterior, de julho. Isso porque, na avaliação dele, a economia brasileira continua aquecida: - Mas não estou confiante de que isso vai acontecer.
Segundo o Focus, o mercado reduziu as projeções para o crescimento da economia este ano, de 7,10% para 7,09%, e manteve as estimativas para 2011 em 4,5%. Os especialistas consultados pelo BC também mantiveram suas contas sobre o câmbio, com o dólar encerrando 2010 a R$ 1,80 e 2011 a R$ 1,85.