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voltarO empreendedor vai pagar a conta
E a cada dia é imposta ao empresário uma nova obrigação
É  notória a elevada carga tributária que o empreendedor brasileiro  suporta.
Estudo  realizado pelo Banco Mundial e pela Price Waterhouse & Coopers  coloca o Brasil como campeão absoluto em custos por exigências  tributárias.
De acordo com esse levantamento, são cerca de 2.600  horas por ano para atender toda a demanda do Fisco.
E a cada dia é  imposta ao empresário uma nova obrigação,  exigência ou determinação criada pela volúpia controladora da burocracia  governamental.
A criatividade do governo neste particular é  inesgotável.
A última novidade é a complexa Portaria n. 1.510/09,  do Ministério do Trabalho e Emprego, que cria o Registrador Eletrônico  de Ponto e traz novidades sobre os programas e a manutenção dos sistemas  eletrônicos de ponto de empresas que tenham mais de dez funcionários.
Como  sempre, e mais uma vez, caberá ao empreendedor brasileiro o ônus do  processo, pois ele terá até o dia 25 de agosto de 2010 para atender a  todas as exigências da Portaria.
Caso não arque com os  expressivos custos para implantação e manutenção do sistema, estará  sujeito a astronômicas multas administrativas.
Para se ter ideia  do grau de exigência da nova determinação da burocracia governamental,  as empresas serão obrigadas a manter equipamento com capacidade de  funcionamento de 1.440 horas ininterruptas em casos de ausência de  energia.
O ponto deverá ter também impressora de uso exclusivo e  de excelente qualidade para imprimir material com durabilidade mínima de  cinco anos.
Além de ser utilizada para marcação de ponto dos  funcionários, o que impedirá o seu uso para outras funcionalidades, a  ferramenta também deverá ter uma porta de saída padrão USB (Universal  Serial Bus), visando a facilitar a captação de informações de agentes  fiscais, demonstrando mais uma vez a intenção controladora do governo  para com as empresas instaladas no País.
Diante disso, não será  surpresa alguma se as empresas optarem por abandonar o processo  eletrônico e retornar à anotação manual ou mecânica da jornada, que não  sofreram alterações.
É um verdadeiro retrocesso diante de um  mundo cada vez mais moderno e informatizado, mas estas podem se tornar  opções mais viáveis.
O crescente número de obrigações e de  exigências de cunho fiscalizador vem aumentando expressivamente os  gastos das organizações para o cumprimento de todas elas, o que  certamente é hoje um dos grandes influenciadores do alto índice de  mortalidade empresarial.
Além de vigiados e investigados por  todos os poros como se fossem sonegadores a priori, os empresários terão  de arcar com a implantação e a manutenção dessa parafernália e seus  processos de controle.
Vale dizer, todos pagam a conta em razão  da má conduta de uma parcela reduzida.
A totalidade não pode e  não deve pagar pela exceção como se todos fossem culpados, até prova em  contrário.
Apoiamos incondicionalmente medidas contra fraude,  sonegação ou qualquer outra atividade ilícita.
No entanto, não  podemos concordar com que o ônus dessas medidas recaia unilateralmente  apenas sobre aqueles que geram empregos e renda, vitais para o  desenvolvimento do País.
O Brasil precisa urgentemente seguir o  caminho da desburocratização, da simplificação e da redução da carga  tributária.
Ao sufocar o empreendedor com tantas exigências e  obrigações que demandam tempo e dinheiro, o governo tira desse  empreendedor a possibilidade de crescer, de investir, de criar novos  postos de trabalho, e, dessa forma, ajudar a construir uma nação mais  justa e próspera.
